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A franquia Grand Theft Auto (GTA) pode nunca explorar territórios fora dos Estados Unidos. A informação foi reforçada por Dan Houser, cofundador da Rockstar Games e um dos criadores da série, durante uma entrevista recente. Segundo ele, o “americanismo” é parte essencial da identidade de GTA — e imaginar um título ambientado em outro país seria algo quase impossível sem comprometer o espírito da saga.

Desde o lançamento do primeiro jogo, em 1997, a franquia sempre se inspirou em grandes cidades norte-americanas. Liberty City, Vice City e Los Santos, por exemplo, são recriações de Nova York, Miami e Los Angeles, respectivamente. Cada uma delas reflete aspectos sociais, políticos e culturais dos Estados Unidos, servindo como pano de fundo para a sátira e o humor característicos da série.

Houser destacou que essa ligação profunda com a cultura norte-americana é o que dá autenticidade ao universo de GTA. “A série sempre foi uma espécie de espelho distorcido dos EUA. É difícil imaginar como essa crítica e essa ironia funcionariam fora desse contexto”, explicou.

A fala do criador ainda comparou GTA a outra franquia igualmente enraizada nos Estados Unidos: Fallout, que retrata um mundo pós-apocalíptico moldado pelo imaginário e pelos medos da Guerra Fria americana.

Embora fãs ao redor do mundo frequentemente sonhem com versões ambientadas em países como o Brasil, o Japão ou o Reino Unido, a posição de Houser deixa claro que, ao menos por enquanto, o universo de Grand Theft Auto continuará respirando o ar — e o caos — das cidades norte-americanas.